No tal dez
Sequer havia reparado em quantas vezes contei até dez.
Dê um pouco de tempo para mim,
acabo de conhecer o mundo e estou chegando na nona parte de um novo dez.
Esperando eu em meu próprio encontro marcado
Reparando em mim o que nunca notei
Sobrevivendo, subsistindo.
Se me oferecer um café, eu te conto tudo.
Um quarto vazio e uma mente repleta de histórias,
uma escrivaninha e um quintal vazio sem chuva.
Esta seco, ja não tem flores e galhos,
borboletas e cores.
Ja não tenho livros na cabeceira daquela cama,
nem notas, nem mais mil ideias.
Só o som ambiente de um quarto.
Dê um pouco de tempo para mim
tudo flui mau com a fome.
Essa sim te repara e te adverte:Alimenta-te, te enfraqueço ou você me enfraquece.
Ainda posso te contar
tenho muito a dizer.
Todas as coisas podem ser escritas,
as notas do meu piano pedem para que eu as toque,
e as faça cantar.
Cantar à minha regra, não ao mando delas
ja que fui eu e não um pianista quem as concedeu.
Todas as coisas podem,
todas elas podem coisas,
todas vocês podem.
Se for me oferecer ainda te conto,
porque não fui ao circo quando eu ja tinha quatorze.
porque atirei aquela pedra de cor laranja na vidraça da minha própria casa.
Todas essas, elas todas
podem ser contadas.
Juro que no meu lugar faria o mesmo.
um, dois, três, quatro, cinco, seis, sete...
quantas vezes mesmo contei até o dez?
No meu quarto só tem um quadro,
é colorido,
mas se fosse cinza ele seria melhor correspondido.
Por favor,
se me oferecer um café, eu conto tudo
e lhe digo como é a vida.
Talvez eu lhe conte ainda mais
uma delas te adianto,
para onde vou na vida?
Para qualquer lugar..
Qualquer lugar onde eu não me leve.
~Michel Souza
17 de junho de 2014 às 23:49
Sequer havia reparado em quantas vezes contei até dez.
Dê um pouco de tempo para mim,
acabo de conhecer o mundo e estou chegando na nona parte de um novo dez.
Esperando eu em meu próprio encontro marcado
Reparando em mim o que nunca notei
Sobrevivendo, subsistindo.
Se me oferecer um café, eu te conto tudo.
Um quarto vazio e uma mente repleta de histórias,
uma escrivaninha e um quintal vazio sem chuva.
Esta seco, ja não tem flores e galhos,
borboletas e cores.
Ja não tenho livros na cabeceira daquela cama,
nem notas, nem mais mil ideias.
Só o som ambiente de um quarto.
Dê um pouco de tempo para mim
tudo flui mau com a fome.
Essa sim te repara e te adverte:Alimenta-te, te enfraqueço ou você me enfraquece.
Ainda posso te contar
tenho muito a dizer.
Todas as coisas podem ser escritas,
as notas do meu piano pedem para que eu as toque,
e as faça cantar.
Cantar à minha regra, não ao mando delas
ja que fui eu e não um pianista quem as concedeu.
Todas as coisas podem,
todas elas podem coisas,
todas vocês podem.
Se for me oferecer ainda te conto,
porque não fui ao circo quando eu ja tinha quatorze.
porque atirei aquela pedra de cor laranja na vidraça da minha própria casa.
Todas essas, elas todas
podem ser contadas.
Juro que no meu lugar faria o mesmo.
um, dois, três, quatro, cinco, seis, sete...
quantas vezes mesmo contei até o dez?
No meu quarto só tem um quadro,
é colorido,
mas se fosse cinza ele seria melhor correspondido.
Por favor,
se me oferecer um café, eu conto tudo
e lhe digo como é a vida.
Talvez eu lhe conte ainda mais
uma delas te adianto,
para onde vou na vida?
Para qualquer lugar..
Qualquer lugar onde eu não me leve.
~Michel Souza