Capitulo 1 – Valéria
Acordar. Levantar. Banheiro. Tomar Banho. Escovar os dentes. Vestir-se. Tomar café.
Bolsa? Ok. Documentos? Ok. Janelas? Fechadas. Cama? Arrumada. Portas? Trancadas
- Primeiro dia de faculdade, ai vou eu.
Primeiro dia de faculdade, novas aventuras, novas amizades, talvez novos amores...ou não, a final de contas quem precisa de amor?
As pessoas não são confiáveis e....
Pow!
Os pensamentos de Valéria foram interrompidos quando o ciclista veio de encontro com ela a derrubando.
- Hei! Você é maluco! Não olha por onde anda!? Disse Valéria num tom que chamou a atenção de todos a sua volta.
- Calma moça, foi um acidente e aliás era você que estava andando distraída...Disse o ciclista calmamente.
- Ah! Então você me atropela e eu que sou a culpada, esse mundo tá perdido mesmo _ Disse ainda aos berros.
- O ciclista sem saber o que fazer para acalmá-la apenas disse _ Me desculpe não foi isso que eu quis dizer. Você se machucou?
- Não está tudo bem.
- Tem alguma coisa que eu possa fazer para compen..._ mas nem teve tempo de terminar a frase e a foi interrompido por Valéria que nervosa apenas disse:
- Não, não eu já vou indo senão eu vou me atrasar e foi andando.
O ciclista apenas disse:
- Eu hein! E seguiu seu caminho.
_
Valéria seguiu seu caminho até a faculdade ainda amaldiçoando o ciclista que havia a atropelado.
- Maldito ciclista, justo hoje que é um dia importante e nada podia dar errado esse infeliz me atropela, ainda bem que minha roupa não sujou muito _ disse batendo as mãos na roupa para tirar a sujeira. Mas não pode deixar de notar que ele até que era bonitinho.
Chegando na faculdade encontrou o campus lotado de gente, calouros, veteranos; os calouros eram facilmente identificados afinal de contas estavam sujos de tinta e fazendo uma farra tentando fugir dos veteranos.
Tentando fugir também ela acaba esbarrando em uma garota eufórica com a algazarra.
- Me desculpe _ disse Valéria ainda tentando escapar da bagunça, mas sem sucesso.
- Não se preocupe, não foi nada. Meu nome é Priscila e o seu?
- Meu nome é Valéria_ Disse, sendo atingida por uma bexiga cheia de tinta.
Nervosa ela saiu xingando e Priscila a seguiu.
Encontrando Valéria no banheiro ela perguntou:
- Você está bem?
- Parece que hoje tudo está dando errado! _ Disse Valéria se lembrando do atropelamento.
- Primeiro dia de aula é assim mesmo, faz parte, temos mesmo é que comemorar, afinal de contas passar em uma faculdade de Medicina não é nada fácil.
- Não podiam comemorar de forma mais civilizada_ Disse enquanto tentava se limpar da tinta, ainda visivelmente nervosa, quando percebeu que Priscila estava coberta de tinta e perguntou _ Você não liga? Agora já mais calma.
- Não, eu adoro tudo isso, afinal de contas só assim nós podemos fazer amigos e conhecer os gatinhos _ Disse Priscila, super animada e dando um leve empurrãozinho no ombro de Valéria. Essa deu um leve sorriso sem graça.
Saindo do banheiro, ambas se dirigiram até um auditório onde seriam apresentados o curso, os professores e etc.
Priscila curiosa em conhecer a garota que parecia não gostar nem um pouco da bagunça do trote, perguntou.
- Você é daqui de São Paulo?
- Não, eu vim do interior e você?
- Eu também _ Disse Priscila animada. De que cidade você é?
- Eu sou de Rio Claro.
- Eu sou de São Carlos
- E ai, está gostando da cidade...
Elas continuaram conversando depois que chegaram no auditório. Valéria se simpatizou com Priscila logo de cara, coisa rara, pois ela nunca foi uma pessoa muita fácil de fazer amizades. Já Priscila é do tipo de pessoa que gruda no primeiro que lhe dirige a palavra e com Valéria não foi diferente.
Valéria olhava horrorizada para os alunos todos sujos de tintas naquele auditório. Priscila a achou meio esnobe mas gostou dela mesmo assim
Elas sentaram no fundo da sala por preferência de Valéria, Priscila prestava atenção em tudo que era dito pelos professores e veteranos no palco. Valéria tentava prestar atenção, mas algo estava a distraindo, de repente se pegou pensando no garoto que havia a atropelado de bicicleta. Sacudiu a cabeça, tentando afastar esse pensamento e voltou a prestar atenção nas apresentações.
O dia passou rápido, não havia feito muita coisa na faculdade, o dia foi mais para conhecer o curso, o campus e os professores.
Voltando para o apartamento onde morava ela foi tomar um banho para se livrar de qualquer resquício de tinta e foi fazer a coisa que mais amava, ler livros de ficção científica, esse para ela era o melhor momento do dia, quando ela entra no seu mundo de ficção onde tudo é perfeito e nada pode lhe perturbar.
Eis que algo consegue perturbar esse momento, o garoto da bicicleta. Não conseguia parar de pensar nele, tentava se concentrar no “Guia do Mochileiro das Galáxias”, seu livro favorito, mas não conseguia, mesmo tendo o visto por apenas alguns minutos não parava de pensar nele.
- Eu devo estar ficando louca, eu nem conheço ele, por que eu não consigo para de pensar nele?
Mesmo sendo apenas sete horas da noite ela resolveu ir dormir, afinal de contas teria que acordar cedo mesmo. Mas mesmo assim a imagem daquele garoto continuou em sua mente, em seus sonhos.
Capítulo 2 – Gabriel
Após o incidente com a bicicleta seguiu seu caminho em direção a sua casa, precisava se apressar pois sua irmã mais nova estava sozinha em casa à espera do almoço que ele tinha saído para comprar. Ela não é nenhuma criancinha, tem 16 anos, mas ele a trata como tal, afinal de contas ela é a única coisa que ele tem de importante nessa vida.
- Cheguei _ disse Gabriel gritando para que sua irmão o ouvisse, seja lá de qual cômodo da pequena casa ela estivesse_ Eu me atrasei porque acabei trombando com uma mulher na rua...
- Você tem que tomar mais cuidado com essa sua bicicleta_ disse a garota magricela de cabelos pretos que se chama Sofia.
- A culpa não foi minha ela é que estava andando distraída na rua...
- Sei_ Disse Sofia em tom de brincadeira.
- Vamos almoçar logo, que eu tenho que voltar para o trabalho_ disse apressando Sofia e pedindo com um gesto para que ela se sentasse.
Gabriel trabalha em um mercado, ele é uma espécie de faz tudo, seu chefe Joel não é dos melhores, mas pelo menos paga bem, mas também exige muito de Gabriel sendo as vezes um pouco carrasco.
- Esse Joel é muito chato_ disse Sofia_ ele não podia te dar umas horas a mais de almoço.
- Não fala assim dele Sofia ele é um bom homem e se não fosse por ele nós não teríamos nem o que comer.
Gabriel é muito grato a Joel, mesmo ele sendo muito exigente as vezes, pois foi o único que lhe estendeu a mão quando mais precisou.
Ele e Sofia perderam os pais em um acidente a três anos e foram forçados a morar com a irmã de seu pai que não gostou nem um pouco da ideia, pois ela nunca teve filhos porque não queria perder a sua liberdade para sair e se divertir, até eles aparecerem para ela cuidar, aliás cuidar é só força de expressão ela apenas lhes ofereceu um teto e comida, passava o dia todo fora e Gabriel e Sofia é que tinham que cuidar um do outro, isso fez com que se tornassem mais unidos e Gabriel amadurecesse cedo para cuidar de sua irmã mais nova.
Sentados à mesa, Gabriel começou a divagar pensando na garota que havia atropelado, durante todo o caminho para casa ele ficou pensando nela. Ele nem ao menos sabia porque mas havia gostado dela.
- Gabriel_ chamou Sofia balançando a mão na frente do rosto dele para chamar-lhe a atenção. Você está muito distraído hoje, o que está acontecendo com você?
- Nada_ disse já tirando os pratos de cima da mesa e colocando na pia_ Eu tenho que ir. Deu um beijo na testa de Sofia, pegou sua mochila e já ia montando na sua bicicleta quando sua irmã o segurou pelo braço.
- Espera, eu esqueci de te falar que a tia Eugênia ligou, ela disse que quer falar com você e que é pra você passar lá na casa dela.
- O que será que ela quer agora? Já não basta o que ela fez, pra que ela quer manter contato com a gente?
- Não sei_ disse Sofia dando de ombros_ ela apenas disse isso.
- Depois do trabalho eu vou na casa dela. Já vou, tome cuidado, deixa a casa toda trancada, se for atender a porta olhe pelo olho mágico primeiro e....Mas foi interrompido por Sofia.
- E não abra para estranhos e blá, blá, blá...eu já sei, eu não sou mais criança.
- É, mas tem uma cabecinha de vento.
Gabriel despediu-se de Sofia e seguiu seu caminho até o mercado de Joel.
Continua...
Acordar. Levantar. Banheiro. Tomar Banho. Escovar os dentes. Vestir-se. Tomar café.
Bolsa? Ok. Documentos? Ok. Janelas? Fechadas. Cama? Arrumada. Portas? Trancadas
- Primeiro dia de faculdade, ai vou eu.
Primeiro dia de faculdade, novas aventuras, novas amizades, talvez novos amores...ou não, a final de contas quem precisa de amor?
As pessoas não são confiáveis e....
Pow!
Os pensamentos de Valéria foram interrompidos quando o ciclista veio de encontro com ela a derrubando.
- Hei! Você é maluco! Não olha por onde anda!? Disse Valéria num tom que chamou a atenção de todos a sua volta.
- Calma moça, foi um acidente e aliás era você que estava andando distraída...Disse o ciclista calmamente.
- Ah! Então você me atropela e eu que sou a culpada, esse mundo tá perdido mesmo _ Disse ainda aos berros.
- O ciclista sem saber o que fazer para acalmá-la apenas disse _ Me desculpe não foi isso que eu quis dizer. Você se machucou?
- Não está tudo bem.
- Tem alguma coisa que eu possa fazer para compen..._ mas nem teve tempo de terminar a frase e a foi interrompido por Valéria que nervosa apenas disse:
- Não, não eu já vou indo senão eu vou me atrasar e foi andando.
O ciclista apenas disse:
- Eu hein! E seguiu seu caminho.
_
Valéria seguiu seu caminho até a faculdade ainda amaldiçoando o ciclista que havia a atropelado.
- Maldito ciclista, justo hoje que é um dia importante e nada podia dar errado esse infeliz me atropela, ainda bem que minha roupa não sujou muito _ disse batendo as mãos na roupa para tirar a sujeira. Mas não pode deixar de notar que ele até que era bonitinho.
Chegando na faculdade encontrou o campus lotado de gente, calouros, veteranos; os calouros eram facilmente identificados afinal de contas estavam sujos de tinta e fazendo uma farra tentando fugir dos veteranos.
Tentando fugir também ela acaba esbarrando em uma garota eufórica com a algazarra.
- Me desculpe _ disse Valéria ainda tentando escapar da bagunça, mas sem sucesso.
- Não se preocupe, não foi nada. Meu nome é Priscila e o seu?
- Meu nome é Valéria_ Disse, sendo atingida por uma bexiga cheia de tinta.
Nervosa ela saiu xingando e Priscila a seguiu.
Encontrando Valéria no banheiro ela perguntou:
- Você está bem?
- Parece que hoje tudo está dando errado! _ Disse Valéria se lembrando do atropelamento.
- Primeiro dia de aula é assim mesmo, faz parte, temos mesmo é que comemorar, afinal de contas passar em uma faculdade de Medicina não é nada fácil.
- Não podiam comemorar de forma mais civilizada_ Disse enquanto tentava se limpar da tinta, ainda visivelmente nervosa, quando percebeu que Priscila estava coberta de tinta e perguntou _ Você não liga? Agora já mais calma.
- Não, eu adoro tudo isso, afinal de contas só assim nós podemos fazer amigos e conhecer os gatinhos _ Disse Priscila, super animada e dando um leve empurrãozinho no ombro de Valéria. Essa deu um leve sorriso sem graça.
Saindo do banheiro, ambas se dirigiram até um auditório onde seriam apresentados o curso, os professores e etc.
Priscila curiosa em conhecer a garota que parecia não gostar nem um pouco da bagunça do trote, perguntou.
- Você é daqui de São Paulo?
- Não, eu vim do interior e você?
- Eu também _ Disse Priscila animada. De que cidade você é?
- Eu sou de Rio Claro.
- Eu sou de São Carlos
- E ai, está gostando da cidade...
Elas continuaram conversando depois que chegaram no auditório. Valéria se simpatizou com Priscila logo de cara, coisa rara, pois ela nunca foi uma pessoa muita fácil de fazer amizades. Já Priscila é do tipo de pessoa que gruda no primeiro que lhe dirige a palavra e com Valéria não foi diferente.
Valéria olhava horrorizada para os alunos todos sujos de tintas naquele auditório. Priscila a achou meio esnobe mas gostou dela mesmo assim
Elas sentaram no fundo da sala por preferência de Valéria, Priscila prestava atenção em tudo que era dito pelos professores e veteranos no palco. Valéria tentava prestar atenção, mas algo estava a distraindo, de repente se pegou pensando no garoto que havia a atropelado de bicicleta. Sacudiu a cabeça, tentando afastar esse pensamento e voltou a prestar atenção nas apresentações.
O dia passou rápido, não havia feito muita coisa na faculdade, o dia foi mais para conhecer o curso, o campus e os professores.
Voltando para o apartamento onde morava ela foi tomar um banho para se livrar de qualquer resquício de tinta e foi fazer a coisa que mais amava, ler livros de ficção científica, esse para ela era o melhor momento do dia, quando ela entra no seu mundo de ficção onde tudo é perfeito e nada pode lhe perturbar.
Eis que algo consegue perturbar esse momento, o garoto da bicicleta. Não conseguia parar de pensar nele, tentava se concentrar no “Guia do Mochileiro das Galáxias”, seu livro favorito, mas não conseguia, mesmo tendo o visto por apenas alguns minutos não parava de pensar nele.
- Eu devo estar ficando louca, eu nem conheço ele, por que eu não consigo para de pensar nele?
Mesmo sendo apenas sete horas da noite ela resolveu ir dormir, afinal de contas teria que acordar cedo mesmo. Mas mesmo assim a imagem daquele garoto continuou em sua mente, em seus sonhos.
Capítulo 2 – Gabriel
Após o incidente com a bicicleta seguiu seu caminho em direção a sua casa, precisava se apressar pois sua irmã mais nova estava sozinha em casa à espera do almoço que ele tinha saído para comprar. Ela não é nenhuma criancinha, tem 16 anos, mas ele a trata como tal, afinal de contas ela é a única coisa que ele tem de importante nessa vida.
- Cheguei _ disse Gabriel gritando para que sua irmão o ouvisse, seja lá de qual cômodo da pequena casa ela estivesse_ Eu me atrasei porque acabei trombando com uma mulher na rua...
- Você tem que tomar mais cuidado com essa sua bicicleta_ disse a garota magricela de cabelos pretos que se chama Sofia.
- A culpa não foi minha ela é que estava andando distraída na rua...
- Sei_ Disse Sofia em tom de brincadeira.
- Vamos almoçar logo, que eu tenho que voltar para o trabalho_ disse apressando Sofia e pedindo com um gesto para que ela se sentasse.
Gabriel trabalha em um mercado, ele é uma espécie de faz tudo, seu chefe Joel não é dos melhores, mas pelo menos paga bem, mas também exige muito de Gabriel sendo as vezes um pouco carrasco.
- Esse Joel é muito chato_ disse Sofia_ ele não podia te dar umas horas a mais de almoço.
- Não fala assim dele Sofia ele é um bom homem e se não fosse por ele nós não teríamos nem o que comer.
Gabriel é muito grato a Joel, mesmo ele sendo muito exigente as vezes, pois foi o único que lhe estendeu a mão quando mais precisou.
Ele e Sofia perderam os pais em um acidente a três anos e foram forçados a morar com a irmã de seu pai que não gostou nem um pouco da ideia, pois ela nunca teve filhos porque não queria perder a sua liberdade para sair e se divertir, até eles aparecerem para ela cuidar, aliás cuidar é só força de expressão ela apenas lhes ofereceu um teto e comida, passava o dia todo fora e Gabriel e Sofia é que tinham que cuidar um do outro, isso fez com que se tornassem mais unidos e Gabriel amadurecesse cedo para cuidar de sua irmã mais nova.
Sentados à mesa, Gabriel começou a divagar pensando na garota que havia atropelado, durante todo o caminho para casa ele ficou pensando nela. Ele nem ao menos sabia porque mas havia gostado dela.
- Gabriel_ chamou Sofia balançando a mão na frente do rosto dele para chamar-lhe a atenção. Você está muito distraído hoje, o que está acontecendo com você?
- Nada_ disse já tirando os pratos de cima da mesa e colocando na pia_ Eu tenho que ir. Deu um beijo na testa de Sofia, pegou sua mochila e já ia montando na sua bicicleta quando sua irmã o segurou pelo braço.
- Espera, eu esqueci de te falar que a tia Eugênia ligou, ela disse que quer falar com você e que é pra você passar lá na casa dela.
- O que será que ela quer agora? Já não basta o que ela fez, pra que ela quer manter contato com a gente?
- Não sei_ disse Sofia dando de ombros_ ela apenas disse isso.
- Depois do trabalho eu vou na casa dela. Já vou, tome cuidado, deixa a casa toda trancada, se for atender a porta olhe pelo olho mágico primeiro e....Mas foi interrompido por Sofia.
- E não abra para estranhos e blá, blá, blá...eu já sei, eu não sou mais criança.
- É, mas tem uma cabecinha de vento.
Gabriel despediu-se de Sofia e seguiu seu caminho até o mercado de Joel.
Continua...