Se me permitir é claro, pois não quero parecer por demasia ousado, ou contestador. Apenas elucidar alguns fatos que para a maioria ainda parecem difusos.
Por mais intensa que soe minha insensatez, ou descrente minha voz perante a própria juventude, existe fatos que não requerem idade, apenas certa dose de observância e praticidade.
Pois ao contrário do que dizem, sexo não se trata de uma competição entre gêneros. Uma guerra travada na cama entre pudores e desejos, riscos e apreços; tamanhos, modelos e beijos. Não!
Antes de tudo é a máxima da brincadeira e da ousadia, uma interação sublime entre corpos que buscam na desarmonias dos seus, a harmonia no próximo. A cadência em meio a ventres tão luxuriosos e sedentos. Os beijos que instigam e acalentam o fogo com ainda mais pólvora e combustível.
O sibilar dantesco, mas ainda assim saboroso da língua venenosa de cobra sussurrando carícias; oferecendo delícias, num jogo traiçoeiro de entra e sai, toca e enrosca, demanda: Vem e vai...
Antes de sonhar com curvas tão perigosas, tenha em mãos as reais e ainda assim tão poderosas. Aquelas de sua dama menina, de seu jovem homem rapaz, da figura fidedigna que além de amor, te jurara muito...muito... mais!
Tenha em mente o real valor de sua cônjuge, da real destreza que aponta aquele colo doce. Preze por essa prece, que envolve e te aquece a noite. É Ela, é Ele, com “E” maiúsculo de puro Êxtase.
Sexo por interesse ou por intenção? Que dúvida é essa que nos assombra e nos faz roer as unhas dos pés e das mãos? A resposta continua a mesma: Pura brincadeira e diversão, ainda assim a mais séria e respeitosa, pois ele sobretudo flui de irmão para irmão, de mão em mão; da mente ao coração.
“Sexo”, entre tantas e tantas outras linhas e curvas...
Raphael Godinho